A Capela de Nossa Senhora da Guia, na foz do Ave, já é referida no ano de 1059, constando do inventário dos bens pertencentes ao Mosteiro de Guimarães. Nesse tempo longínquo, a capela teria o nome de Ermida de São Julião Mártir. Alvo de vários restauros e remodelações ao longo dos séculos, derivado da sua localização no cimo de penedos junto ao mar, objecto de inevitável deterioração causada pelos elementos da natureza, pouco ou nada restará da capela primitiva, a não ser a posição geográfica.
Antes da edificação do Forte de São João Baptista, esta estrutura serviu também de fortim de apoio à defesa da barra, situação que se prolongou mesmo depois da construção do Forte.
No seu interior destaca-se o teto em caixotões de madeira, pintado com cenas bíblicas e imagens de santos, assim como os azulejos das paredes da nave e capela-mor, dos séc.s XVII e XVIII. É possível que o arco da capela-mor tivesse sido a entrada principal da ermida primitiva, sabendo-se que o corpo principal é uma adição bem mais recente, provavelmente do séc. XVII.
No exterior encontra-se uma imponente escadaria a sudeste, maior do que a própria capela. No seu topo, onde outrora se visualizaria um farolim que assinalava a entrada da barra, existe agora um cruzeiro de pedra, batizado de Cruzeiro da Independência e inaugurado em 4 de Agosto de 1940, durante os festejos do oitavo centenário da Independência e do terceiro centenário da sua Restauração.
A confraria é antiquíssima, conhecendo-se estatutos da mesma do ano de 1676.
Marche
Marche
Utilisateur GUIDE